“Os fariseus perguntaram um dia a Jesus quando viria o Reino de Deus. Respondeu-lhes: ‘O Reino de Deus não virá de um modo ostensivo (μετὰ παρατηρήσεως). Nem se dirá: ‘Ei-lo aqui’; ou: ‘Ei-lo ali’. Pois o Reino de Deus já está no meio de vós’.” (Lucas 17,20s)
Não é pela observação empírica, que é o método “científico” de aprender algo novo, que o Reino de Deus “virá” em minha vida. A “novidade” do Reino de Deus é uma coisa que me é dado experimentar não principalmente pelos sentidos físicos da visão, audição, paladar, olfato e tato, – mas nas pequenas vitórias no campo de batalha “dentro de mim”. É de dentro da realidade invisível de minha vida, de minha interação invisível com “este mundo” (cf. Efésios 6,12), que a graça de Deus transfigura invisivelmente minha atitude em relação a tudo.
Então que eu seja consciente de meu coração hoje, e abra-o para a graça de Deus. A grande coisa sobre a graça é que ela não precisa (e não pode) “ser descoberta” ou “dominada”, como as ciências naturais, para progredir nelas. Abro-me à graça de Deus, que vem de fora de mim, – d’Ele e não de mim, – e Ele faz o restante, vindo e estabelecendo-Se como Rei, dentro de mim. “Rei Celeste, Consolador, Espírito da verdade, presente em toda parte e ocupando todo lugar, tesouro dos bens e dispensador da vida, vide e habitai em nós, purificai-nos de toda mancha e salvai nossas almas, Vós que sois Bom.”
Versão brasileira: João Antunes
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