THEOTOKOS, A “OVELHA” DO SENHOR

Alegra-te, Belém, prepara-te, Éfrata!
Eis que a ovelha apressa-se para dar à luz
o grande Pastor que ela leva em suas entranhas.
Ao vê-lo, os padres revestidos de Deus se rejubilam
e louvam com os pastores a Virgem amamentando.
(Kondakion do Domingo Antes da Natividade do Senhor)

Não pensamos muitas vezes na Santíssima Virgem Maria como “A Ovelha” (que é conduzida ao matadouro). Porque Isaías falava de seu Filho, quando profetizou: “Foi maltratado e ofereceu-se voluntariamente; não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador. Ele não abriu a boca” (Isaías 53,7).

Mas esta “semelhança com a ovelha” a Theotokos compartilha com seu Filho. Ela está “sendo conduzida” em “silêncio”, ante seus “tosquiadores”, para Belém e além dela, para a fuga para o Egito e, em seguida, de volta para Nazaré, e, eventualmente, para Jerusalém e para a Cruz fora dela, sobre a qual ela verá seu Filho morrer. Então, nestes dias que antecedem a festa da Natividade do Senhor, celebramos não “apenas” a oferta voluntária de seu Filho, Que vem ao nosso mundo compartilhar nossa humanidade e sua dor, como Um de nós, mas também a oferta dela, como uma de nós. Não teria sido fácil, pois, segundo a tradição, ela tinha apenas 14 anos quando deu à luz ao Filho de Deus em uma gruta solitária em Belém. “Pelas orações da Santa Mãe de Deus, ó Salvador, salvai-nos” – também àqueles de nós que dão à luz à Sua Palavra em grutas solitárias.

Versão brasileira: João Antunes

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