“Depois de sua partida, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: ‘Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar’. José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito. Ali permaneceu até a morte de Herodes para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: ‘Do Egito chamei Meu Filho’.” (Mateus 2,13ss)
Também conheço algumas pessoas, no meu hoje, que foram arrancadas de suas casas e suas terras, como a família de refugiados sírios que veio à sede do Café com a Irmã Vassa para um jantar de Natal alguns dias atrás. E conheço uma outra família, uma família americana nos Estados Unidos, prestes a perder sua casa depois de muitos anos, porque os pais (que trabalharam duro a vida toda) não podem mais pagar por ela. Ambas as famílias (particularmente os pais, tanto quanto eu consigo ver) lutam com medo, desorientação, depressão, e até mesmo vergonha, por se tornarem “deslocadas” em um mundo além de seu controle.
Essa desoladora tragédia humana, de perder a casa, é uma das primeiras coisas que Deus permitiu que acontecesse à “família” humana de Seu Filho Unigênito. E foram Seus “pais”, a Santíssima Theotokos e o justo José, aos quais foi dada, ou melhor, que foram escolhidos para receber, a cruz muito difícil de fazê-l’O passar por tudo disso. Ao contemplar os paralelos entre “A Sagrada família” e as santas famílias em meu meio às quais foi dada esta mesma cruz hoje, meu coração se rompe por elas. Porque eu não posso realmente ajudar. Mas eu digo, graças Te dou, Senhor, por revelar-Se a nós em Seus escolhidos, que carregam a Ti em nosso meio.
Versão brasileira: João Antunes
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