“Porque, se a primeira [aliança] tivesse sido sem defeito, certamente não haveria lugar para outra. Ora, sem dúvida, há uma censura nestas palavras: ‘Eis que virão dias – oráculo do Senhor – em que estabelecerei com a casa de Israel e com a casa de Judá uma aliança nova. Não como a aliança que fiz com os seus pais no dia em que os tomei pela mão para tirá-los da terra do Egito. Como eles não permaneceram fiéis ao pacto, eu me desinteressei deles – oráculo do Senhor. Mas esta é a aliança que estabelecerei com a casa de Israel depois daqueles dias: imprimirei as minhas leis no seu espírito e as gravarei no seu coração. Eu serei seu Deus, e eles serão meu povo’.” (Hebreus 8,7-10)
A primeira aliança, na qual Deus entrou conosco, não era “sem defeito”, — não por culpa de Deus, mas por nossa própria culpa. Na primeira vez, tínhamos a tendência de “errar o alvo” de Sua Lei escrita, compreendendo-a como esse objeto externo em “nossa” posse exclusiva, a qual bastava-nos seguir de acordo com a “letra” externa. O que Deus pretendia com aquela aliança, entretanto, era compartilhar a Si mesmo conosco, e nós respondermos àquela Auto-oferta e manifestação de Sua graça, continuando “dentro” dela, voluntariamente entregando-nos à Sua posse, como Seu povo.
Mas na segunda vez, Deus “foi mais fundo” conosco, apresentando-nos Seu Filho, Que Se ofereceu inteiramente a nós, como um de nós. E este “novo”, e mais íntimo Caminho de Deus entrar em uma “aliança” conosco, não está apenas “gravado com letras em pedra” (2 Coríntios 3,7), mas clama a nós da Cruz, com Suas mãos estendidas e abraçando todos nós, convidando-nos a nos juntar a Ele, como Ele Se juntou a nós. Então, esta manhã, que eu abrace o Espírito vivificante de Cristo, em alguma oração sincera, por mais insuficiente que eu esteja diante d’Ele. Porque o Seu Espírito pode e me transfigura onde eu não posso, no meu coração. “Tal é a convicção que temos em Deus por Cristo. Não que sejamos capazes por nós mesmos de ter algum pensamento, como de nós mesmos. Nossa capacidade vem de Deus. Ele é que nos fez aptos para ser ministros da Nova Aliança, não a da letra, e sim a do Espírito. Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2 Coríntios 3,4ss).
Versão brasileira: João Antunes
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