“Judas Iscariotes, um dos Doze, foi avistar-se com os sumos sacerdotes para lhes entregar Jesus. A essa notícia, eles alegraram-se e prometeram dar-lhe dinheiro. E ele buscava ocasião oportuna para o entregar.” (Marcos 14,10s)
Aqui São Marcos Evangelista menciona que Judas é “um dos Doze”. Essa é a “vocação” e o “lugar” dado por Deus a Judas neste mundo. Mas sua preocupação, ou melhor, sua obsessão, com o dinheiro (cf. João 12,6), que não está sendo suficientemente satisfeita neste seu “lugar” dado por Deus, tira-o desse lugar e leva-o para o piso escorregadio do “pecado” (ou “amartia” em grego, que significa “errar o alvo” ou o ponto da própria existência). É uma obsessão que, quando sucumbida a ela, não só torna a vida pior para Judas, mas totalmente insuportável, então ele se mata (Mateus 27,5). Ao que parece, não era o dinheiro que o mantinha vivo, mas sua vocação.
Hoje, não obstante duras as coisas possam parecer ser, quando se trata de dinheiro e de preocupações em torno dele, que eu seja grato pela, e focado em, minha vocação. Deus cuida de nós, enquanto nós andamos nossas jornadas carregando a cruz, à luz de Sua graça, fazendo a próxima coisa certa em gratidão e humildade, em nossos lugares dados por Deus neste mundo. Hoje pertenço a “Ele”, nos pequenos lugar e vocação que Deus têm me dado, e é uma vida sempre nova e que sempre vale a pena viver. “O pão nosso de cada dia nos daí hoje”, Senhor, “e perdoa-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos tem ofendido”. E “nós não deixeis cair em tentação”, como os medos ligados à insegurança financeira, “mas livrai-nos do mal”, pela Tua graça.
Versão brasileira: João Antunes
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