“Senhor, vós sois meu Deus; eu vos exaltarei e celebrarei vosso nome, porque executastes maravilhosos desígnios, concebidos, de há muito, com firme constância. Reduzistes a cidade a um montão de pedras e a fortaleza a um acervo de ruínas. A cidadela dos orgulhosos está aniquilada e jamais será reconstruída. Por isso, um povo forte vos glorifica e a sociedade das nações valentes vos venera. Porque vós sois refúgio para o fraco, refúgio para o pobre na sua tribulação, abrigo contra a tempestade e sombra contra o calor. Porque o sopro dos tiranos é como uma tempestade de inverno…” (Isaías 25,1-4)
Na leitura de hoje de Isaías, o profeta contrasta os planos meramente humanos, simbolizados aqui pela construção da cidade, com os planos de Deus “concebidos, de há muito, com firme constância”. A “cidade” meramente humana, na medida em que é construída fora de Deus ou em autossuficiência, não é verdadeiramente uma cidade, mas um “acervo de ruínas”; de membros díspares, fragmentados uns dos outros. É um lugar solitário, no qual estamos tanto fragmentados dentro de nós mesmos quanto isolados uns dos outros, e somos privados do “refúgio” d’Aquele maior que nós mesmos. Por Sua graça unificadora, somente Ele pode nos oferecer verdadeiro “abrigo” de nossas “tempestades” e “sombra” de nosso “calor”.
Nesta terça-feira da quarta semana da Quaresma, que eu abrace novamente meu “refúgio” Que é Deus, por meio de um pouco de oração sincera. Eu não preciso ser um “estrangeiro” entre outros “estrangeiros”, conforme Deus continua a “executar maravilhosos desígnios” para todos nós, por Suas energias criativas. Que eu tenha olhos para ver esses “maravilhosos desígnios” durante esta Primavera quaresmal, quando as árvores estão desabrochando na minha bela “cidade” (veja a imagem anexada a esta reflexão), não de acordo com “nossos” planos, mas com os planos de Deus, e quando a Quaresma está conduzindo-nos, independentemente de como/se “nos” preparamos para ela, rumo à celebração da Ressurreição. “Adoramos a Tua Cruz, ó Mestre, e glorificamos a Tua santa Ressurreição!”.
Versão brasileira: João Antunes
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