“Senhor e Mestre de minha vida, afasta de mim o espírito de preguiça (ἀργίας, праздности), de abatimento, de domínio, de loquacidade / palavras vãs (ἀργο-λογίας, праздно-словия).” (Oração Quaresmal de Santo Efrém, 1ª Parte)
A maneira mais fácil, (mas não a única maneira), para limitar as minhas palavras “vãs” é limitar as minhas “palavras” completamente. E eu gostaria de observar hoje que a mídia social, à sua maneira, realmente me ajuda a fazer isso. Porque no Twitter meus “posts”, originalmente limitados a 140 caracteres, agora estão limitados a “apenas” 280 caracteres; no Instagram, minhas palavras são ainda mais limitadas, e um “post” com vídeo deve ter apenas um minuto; e no caso do Facebook ou do e-mail, enquanto não limitam o comprimento ou o número de nossas palavras, é simplesmente imprudente torná-los muito prolixos, se queremos que as pessoas os leiam. Porque o nosso nível de tolerância à “demasiada informação”, talvez ironicamente, seja bastante baixo em nossa Era da Informação. E essa realidade é difícil, devo dizer, para alguém como eu, que é um “falador” por vocação, e geralmente é difícil dizer algo significativo dentro dos limites de 280 caracteres, de um minuto ou do comprimento razoável de um post no Facebook ou no e-mail. Parece-me que a pessoa tem que ser como Jesus Cristo, ou Confúcio, para poder dizer algo significativo e breve.
Mas graças a Deus, por essa “dificuldade”! Há esta bênção escondida nas restrições em nossas palavras, nos meios de comunicação social, que está me ensinando, à sua maneira, a pesar e limitar minhas palavras. Que eu seja grato por isso hoje.
Versão brasileira: João Antunes
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