“Os dias do homem são semelhantes a erva, ele floresce como a flor dos campos. Apenas sopra o vento, já não existe, e nem se conhece mais o seu lugar. É eterna, porém, a misericórdia do Senhor para com os que o temem…” (Salmo 102,15-17a)
“Lembrar-se de que você vai morrer” (memento mori) tem sido considerada uma espécie saudável de reflexão, desde tempos antigos. Não é um pensamento mórbido, tendo em conta a Nova Vida que almejamos, em Cristo. Mas é também libertadora e sóbria para nosso aqui e agora, conforme a realidade da morte nos ajuda a acalentar/priorizar o que realmente importa para nós, “no final do dia”, e para nos distanciar de preocupações e lutas desnecessárias, se já nos encontramos enredados nelas.
Que eu tome um tempo para refocar hoje, e deixar as coisas nas mãos de Deus, em gratidão e humildade, porque Ele sabe o dia e a hora de cada um de nós. Conforme a parte final da Quaresma se aproxima, digo: graças Te dou, Deus, por nos aliviar de embaraços desnecessários, pela Tua graça. “Ó minha alma, ó minha alma, levanta-te! Por que estás dormindo? O fim se aproxima, e vais ser confundida. Desperta, então, e sê vigilante, para que Cristo nosso Deus possa poupá-la, Ele Que está presente em toda parte e ocupa todo lugar” (Kondakion, Grande Cânon de Santo André).
Versão brasileira: João Antunes
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