A LIBERDADE QUE O ESPÍRITO NOS DÁ

Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples (ἀκέραιοι) como as pombas. Cuidai-vos dos homens. Eles vos levarão aos seus tribunais e sereis açoitados com varas nas suas sinagogas. Sereis por minha causa levados diante dos governadores e dos reis: servireis assim de testemunho para eles e para os pagãos. Quando fordes presos, não vos preocupeis nem pela maneira com que haveis de falar, nem pelo que haveis de dizer: naquele momento vos será inspirado o que haveis de dizer. Porque não sereis vós que falareis, mas é o Espírito de vosso Pai que falará em vós. O irmão entregará seu irmão à morte. O pai, seu filho. Os filhos se levantarão contra seus pais e os matarão. Sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo.” (Mateus 10,16-22)

Na cultura popular, os fiéis cristãos são frequentemente vistos como um bando de ingênuos, seguindo cegamente líderes (eclesiais) hipócritas e ideologias floridas de “valores familiares” e “paz mundial”. Mas se alguém realmente lesse os Evangelhos, descobriria uma situação completamente diferente. Na passagem citada acima, por exemplo, nosso Senhor nos adverte para “cuidar-nos dos homens” — não apenas das autoridades políticas como “governadores e reis”, mas também das autoridades religiosas “nas sinagogas”, e até parentes próximos como um “irmão” ou “pai” ou nossos próprios “filhos”.

Hoje, sou recordado de que, como cristão, não estou preso a nenhuma “ideologia” ou (co)dependência meramente humana. Mesmo quando tenho o meu “lugar” dado por Deus, neste mundo, como membro de uma família, classe profissional, Igreja, nação e círculo de amizades específicos, em todas as minhas responsabilidades pessoais, profissionais, eclesiais e políticas, sou chamado a confiar no “Espírito de nosso Pai” para obter orientação. É somente à Ele que eu “pertenço” inteiramente e é uma dependência d’Ele que me liberta das várias formas de escravidão humana: do eu, das (co)dependências familiares ou das “ideologias”. Rei Celeste, vinde e habitai em nós hoje, e salvai nossas almas, Vós que sois Bom!

Versão brasileira: João Antunes

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