“Guardai-vos de menosprezar (μὴ καταφρονήσητε) um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus. Porque o Filho do Homem veio salvar (σῶσαι) o que estava perdido.” (Mateus 18,10s)
Aqui, no início do Capítulo 18 do Evangelho segundo São Mateus, nosso Senhor está falando sobre criancinhas — e não apenas sobre criancinhas, mas sobre aqueles entre nós que nos “fazemos humildes” (Mateus 18,4), permitindo-nos ser vulneráveis e necessitarmos do próximo, como criancinhas. O que nosso Senhor enfatiza aqui, quando menciona seus “anjos” no céu, que “contemplam sem cessar a face de” Deus, é a nossa unidade fundamental básica em nosso Criador Único; de todos nós, a criação de Deus, visível e invisível, a fraca e a forte.
“Guardai-vos de menosprezar (μὴ καταφρονήσητε, não desprezar)” esse tipo de vulnerabilidade, meu Senhor me diz hoje, — seja de si mesmo ou dos outros. Porque somos todos fracos e vulneráveis, obrigados a “nos fazer humildes”, em algum momento ou outro. E isso não é uma coisa ruim. Às vezes, estamos “perdidos” e precisamos ser “salvos” ou “encontrados” pelo Filho do Homem, Que veio fazer isso por nós e por meio de “nós”, a comunidade de Seus discípulos.
Portanto, se estou “perdido” hoje, não devo temer ou menosprezar esse estado de coisas. Que eu não tenha medo de ser “um destes pequeninos” e seja recordado de que meus “anjos” contemplam sem cessar o rosto de meu Pai, que está no céu, mesmo quando eu o perco de vista. Que eu busque auxílio, junto ao Filho do Homem e a outros que Ele envia em meu caminho, quando estou vulnerável e necessitado de ajuda. Graças Te dou, Senhor, por ter vindo, uma e outra vez, salvar o que estava perdido, inclusive eu.
Versão brasileira: João Antunes
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