ENCONTRAR AQUELE QUE ESTÁ PERDIDO

Aproximavam-se de Jesus os publicanos e os pecadores para ouvi-lo. Os fariseus e os escribas murmuravam: ‘Este homem recebe e come com pessoas de má vida!’. Então, lhes propôs a seguinte parábola: ‘Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? E, depois de encontrá-la, a põe nos ombros, cheio de júbilo,… ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e, perdendo uma delas, não acende a lâmpada, varre a casa e a busca diligentemente, até encontrá-la? E tendo-a encontrado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Regozijai-vos comigo, achei a dracma que tinha perdido. Digo-vos que haverá júbilo entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrepende’.” (Lucas 15,1-5.8ss)

Com estas duas parábolas nosso Senhor fala do “murmúrio” dos fariseus e escribas contra o fato de Ele receber pecadores e comer com eles. Ambas as parábolas ilustram a abordagem “pastoral” do Bom Pastor, de sair do Seu caminho para encontrar os perdidos. Como mulher, considero particularmente comovente que, neste contexto, o Senhor nos ofereça não só um quadro da vida de um homem (na primeira parábola), mas também outro — da vida de uma mulher (na segunda). Assim, tanto os homens como as mulheres da multidão escutando o ensinamento do Senhor podem mais facilmente relacionar-se com o “júbilo” divino de Sua obra pastoral e salvífica.

Ele está chamando todos nós, homens e mulheres, a participar de Seu júbilo, assim como de Sua obra? Claro que sim. Porque todos na Igreja ou “ekklesia” (do verbo grego “ekkaleo”, chamar) são chamados a participar na vida (e morte) do Bom Pastor, e em Sua obra salvífica. Fazemo-lo de diversas maneiras, na jornada carregando a cruz, mas ninguém está dispensado da “equipe de busca” dos “perdidos” no meio de nós. Então, que eu participe dessa “equipe” hoje, de qualquer forma que eu possa ser chamado a participar, assim como a “equipe” sai para me procurar, sempre que eu sou aquele que está “perdido”.

Versão brasileira: João Antunes

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