“Puseram-se então a observá-lo e mandaram espiões que se disfarçassem em homens de bem, para armar-lhe ciladas e surpreendê-lo no que dizia, a fim de o entregarem à autoridade e ao poder do governador. Perguntaram-lhe eles: ‘Mestre, sabemos que falas e ensinas com retidão e que, sem fazer acepção de pessoa alguma, ensinas o caminho de Deus segundo a verdade. É-nos permitido pagar o imposto ao imperador ou não?’. Jesus percebeu a astúcia e respondeu-lhes: ‘Mostrai-me um denário. De quem leva a imagem e a inscrição?’. Responderam: ‘De César’. Então, lhes disse: ‘Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus’. Assim não puderam surpreendê-lo em nenhuma de suas palavras diante do povo. Pelo contrário, admirados da sua resposta, tiveram de calar-se.” (Lucas 20,20-26)
Estes são questionadores “astutos”, que “observavam” o Senhor sem a intenção de realmente O ver. Eles amam suas próprias perguntas, e sua “astúcia”, muito mais do que a Verdade, que não é de seu interesse, mesmo quando ela está olhando para eles na cara.
Quão diferentes são dos dois discípulos de João, que “vêm e vêem” Jesus porque tinham uma pergunta sincera a seu respeito (João 1, 35-41). É “vindo” e “vendo” que eles encontram a resposta ao grande ponto de interrogação em seus corações, — e não debatendo com Ele sobre algum tema “astuto”.
Tenho muitas perguntas hoje, porque não sei tudo. Mas que eu não permita que as minhas perguntas me ceguem para Cristo, Que me oferece o Caminho através de todas as ambivalências e perguntas sem resposta no meu mundo. Senhor, graças Te dou por abençoar isto, nesta bela manhã do Jejum da Natividade, com Tua Presença em nosso meio. E que eu esteja presente a Ti, em paciência, humildade e bom ânimo neste período de jejum.
Versão brasileira: João Antunes
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