“E começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do Homem padecesse muito, fosse rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas, e fosse morto, mas ressuscitasse depois de três dias. E falava-lhes abertamente dessas coisas. Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo (ἐπιτιμᾶν, criticá-lo). Mas, voltando-se ele, olhou para os seus discípulos e repreendeu a Pedro: ‘Afasta-te de mim, Satanás, porque teus sentimentos (φρονεῖς) não são os de Deus (τὰ τοῦ θεοῦ), mas os dos homens (τὰ τῶν ἀνθρώπων)’. Em seguida, convocando a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes: ‘Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me’.” (Marcos 8,31-34)
Naturalmente, Pedro não queria ver seu amado Mestre “padecer (sofrer) muito” e “ser morto”. Ele provavelmente nem ouviu a parte de ressuscitar “depois de três dias”, horrorizado como estava com o resto da situação. Por isso, ele leva o Senhor de lado e critica todo esse negócio de sofrer e morrer, como uma má ideia. E de fato, de acordo com uma visão meramente humana das coisas, a Cruz parece uma má ideia. Mas em Cristo, Que vence, em Seu Eu vivificante, as trevas do sofrimento humano e da morte, o Caminho de enfrentar as trevas, o Caminho da Cruz, torna-se o único Caminho de luz e de vida.
Hoje que eu não ouça nenhuma voz que se oponha (como faz “Satanás”, que significa “adversário/aquele que se opõe”) ao Caminho do amor, humildade, compaixão e perdão na minha vida. Essas vozes às vezes têm boas intenções, por exemplo, quando vêm de bons amigos, mas podem estar focando nas coisas “dos homens” em vez das coisas “de Deus”, como eu mesmo às vezes costumo fazer. Que eu me reconecte com Deus esta manhã, lançando a luz de Sua palavra sobre minhas responsabilidades e relacionamentos, para que eu possa ser capaz de saber a diferença.
Versão brasileira: João Antunes
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