“Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Esse homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor. Impelido pelo Espírito Santo (ἐν τῷ πνεύματι), foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da Lei, tomou-o em seus braços e louvou a Deus nestes termos: ‘Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra. Porque os meus olhos viram a vossa salvação que preparastes diante de todos os povos, como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel’.” (Lucas 2,25-32)
Na grande festa d’O Encontro (Ὑπαπαντή) de Nosso Senhor (que hoje é celebrada por aqueles que seguem o Calendário Juliano Revisado), celebramos o “encontro” de dois lados: 1. A humanidade, na pessoa de Simeão, e 2. A Divindade, no Filho encarnado de Deus, Jesus Cristo. Ambos os lados “são levados” ao lugar do encontro, ao templo, por e em “obediência” (de “ob” + “audire”, quer dizer, “escutar”) à voz de Deus, expressa em Seu Espírito e em Sua lei.
Em nossos numerosos “encontros” com Cristo, particularmente no mistério da Eucaristia, encontramos também este mistério, tanto da “obediência” humana quanto divina. Nós, do nosso lado humano, “elevamos nossos corações ao alto” e os abrimos para “escutar” a graça de Deus, entregando-nos para sermos transfigurados num “encontro” especial, ou Santa Comunhão, com o Senhor. E Ele, da Sua parte, “escuta” nossa oração, a oração da Igreja, e vem ao nosso encontro, uma e outra vez, pelo Seu Espírito. Graças Te damos, Senhor, por vir ao nosso “templo” para nos encontrar, uma e outra vez, como luz de revelação para nós, de todos os povos, e para a glória de Vosso povo de Israel!
Versão brasileira: João Antunes
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