ESCOLHER CRISTO EM VEZ DE BARRABÁS

Ora, costumava ele soltar-lhes em cada festa qualquer dos presos que pedissem. Havia na prisão um, chamado Barrabás, que fora preso com seus cúmplices, o qual na sedição perpetrara um homicídio. O povo que tinha subido começou a pedir-lhe aquilo que sempre lhes costumava conceder. Pilatos respondeu-lhes: ‘Quereis que vos solte o rei dos judeus?’. (Porque sabia que os sumos sacerdotes o haviam entregue por inveja.) Mas os pontífices instigaram o povo para que pedissem de preferência que lhes soltasse Barrabás. Pilatos falou-lhes outra vez: ‘E que quereis que eu faça daquele a quem chamais o rei dos judeus?’. Eles tornaram a gritar: ‘Crucifica-o!’. Pilatos replicou: ‘Mas que mal fez ele?’. Eles clamavam mais ainda: ‘Crucifica-o!’. Querendo Pilatos satisfazer o povo, soltou-lhes Barrabás e entregou Jesus, depois de açoitado, para que fosse crucificado.” (Marcos 15,6-15)

Então a multidão escolhe Barrabás, um conhecido assassino, em vez de Jesus, que ficou conhecido recentemente por ter ressuscitado certo Lázaro dos mortos. Nosso Senhor também era conhecido como Alguém que curava, e como pregador do arrependimento, do perdão, do amor verdadeiro, da vida e da liberdade no Espírito. Mas como tal, Ele se tornou insuportável para as pessoas que Ele ama. Elas preferem ter um assassino, Barrabás, solto no meio delas, em vez de continuarem a ser desafiadas pelo amor divino.

O amor verdadeiro de Deus é difícil de suportar, quando meu coração está amarrado por outros “amores” egocêntricos e seus medos deles resultantes. Eles me iludem para que eu fique preocupado em seus círculos viciosos, que parecem “proteger-me” do meticuloso processo de verdadeiro crescimento em Deus. Mas Cristo me chama cotidianamente para uma nova liberdade n’Ele, guiando-me, quando estou disposto a escutar, através do processo de salvação desta “escravidão de si mesmo”. Este processo requer algum trabalho, como um pouco de oração e autoexame diários. Mas não é pesado ou sombrio, — não é como ter um Barrabás solto em minha vizinhança. Hoje que eu permita que Cristo entre em minha “vizinhança”, e eu me reconecte a Ele por meio de alguma oração sincera. “Porque meu jugo é suave”, Ele me tranquiliza esta manhã, “e meu peso é leve” (Mateus 11,30).

Versão brasileira: João Antunes

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