DE OLHOS VENDADOS E ESPANCADO

Entretanto, os homens que guardavam Jesus escarneciam dele e davam-lhe bofetadas. Cobriam-lhe o rosto e diziam: ‘Adivinha quem te bateu!’. E injuriavam-no ainda de outros modos.” (Lucas 22,63ss)

Faz-nos algum bem, conhecer os detalhes desoladores de certos crimes violentos, como os descritos acima? Eles O vendaram, O espancaram, zombaram d’Ele, e aparentemente se divertiram com isso. Não se pode “des-conhecer” isso; isso fica conosco, como as histórias que surgem nos noticiários a respeito das várias formas de crueldade humana. Como posso “processar” essa informação, para que ela não me torne cínico com relação à humanidade em geral?

Posso “processá-la” à luz da sombria história citada acima, do Filho Unigênito de Deus que Se submete a esse tipo de crueldade humana, em Seu tipo de humanidade. Ele assume tudo isso, em Sua doação, enfrenta-a até a morte, perdoa-a, e a vence em Sua nova vida, emergindo do nosso inferno e do nosso sepulcro em Sua gloriosa ressurreição. Na com-paixão (co-sofrimento) da cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, Que sofreu com as vítimas deste mundo e Se deixou crucificar no meio de dois criminosos, pode-se discernir a luz, tanto para as vítimas como para os criminosos. Que eu escolha hoje a comunhão com Ele, por meio de alguma oração sincera, e participar do Seu tipo de humanidade, o tipo divinizado. Lembra-Te de nós todos, Senhor, criminosos e vítimas, quando vieres em Teu reino!

Versão brasileira: João Antunes

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