“Ao anjo da igreja de Éfeso, escreve: Tens perseverança, sofreste pelo meu nome e não desanimaste. Mas tenho contra ti que arrefeceste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, donde caíste. Arrepende-te e retorna às tuas primeiras obras. Senão, virei a ti e removerei o teu candelabro do seu lugar, caso não te arrependas.” (Apocalipse 2,1.3ss)
Na passagem acima citada do Livro do Apocalipse, o Senhor envia esta mensagem ao “anjo” (em nossos termos, ao bispo) da igreja em Éfeso, e fala de uma perda bastante sutil do seu “primeiro amor” pelo Senhor. Isso me recorda o meu próprio “primeiro amor”, ou seja, o amor que eu tinha por Ele no início, quando ouvi conscientemente o chamado de Cristo para mim. Todo cristão é “chamado”, em algum momento, de alguma forma, e nesta passagem somos lembrados de manter revigorada nossa resposta inicial e amorosa a esse chamado; de “retornar às primeiras obras” que fizemos em resposta a Cristo, e de “nos arrepender”, ou seja, ter “metanoia” — uma mudança de mente ou de foco.
A maneira de manter revigorado “o amor que eu tinha no início” é através de uma “conversão” diária, um refocar diário em Cristo, que me chama novamente a cada dia. Eu reavivo o meu “primeiro amor” desde o momento em que desperto, colocando o meu foco diretamente n’Ele, em oração sincera e um pouco de contemplação de Sua palavra. Nesta sexta-feira de manhã, mesmo quando estou longe de casa, participando de uma conferência em Washington, DC (na Universidade Católica da América), sobre o “Monaquismo Bizantino”, peço a Deus que não retire o meu “candelabro do seu lugar”; isto é, a luz cheia de graça de Sua palavra do meu coração.
Versão brasileira: João Antunes
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