“e concede a mim, teu servo, um espírito de integridade (σωφροσύνης), de humildade, de paciência (ὑπομονῆς) e de amor.” (Oração Quaresmal de Santo Efrén, 2ª parte)
Quando a segunda semana da Quaresma chega ao fim, e o Coronavírus parece estar apenas começando, no meu cantinho, sou grato por ser recordado do Espírito de Deus de “paciência” ou “hypo-mone” em grego (de “ὑπό” que significa “atrás” e “μένω” que significa “ficar”), que é um “perseverar” e esperar que as coisas sigam em frente, mesmo quando se tornam difíceis. Como? Permanecendo nas fronteiras seguras do “território de Deus”, se eu posso colocar dessa forma. Quando as coisas mudam, ou não vão como eu esperava, no Espírito da “paciência”, sou recordado que o tempo é uma bênção, não uma maldição.
A paciência é um dom que muitas vezes negligenciamos em nossa cultura de gratificação instantânea; de informação rápida, de refeição rápida (fast food) e de relacionamentos rápidos (através dos apps para encontros românticos). Mas o “programa de qualidade de vida” da Quaresma, com a graça da sua disciplina diária de oração e jejum, ajuda-me a redescobrir “o poder do esperar” que é a paciência. Que eu reduza o passo hoje, e abrace a boa vontade de Deus para comigo, que me traz coisas boas em Seu bom tempo. “E concede a mim, Teu servo, um espírito de integridade, de humildade, de paciência e de amor”.
Versão brasileira: João Antunes
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