A FÉ REQUER TRABALHO - Café com a Irmã Vassa

“‘Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará. Pois nela Deus Pai imprimiu o seu sinal’. Perguntaram-lhe: ‘Que faremos para praticar as obras de Deus?’ Respondeu-lhes Jesus: ‘A obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou’.” (João 6,27ss)

Quando o Senhor diz: “Trabalhai, não pela comida que perece”, Ele não nos chama a abandonar nossos empregos. Mas Ele está nos chamando a fazer todo o nosso trabalho, independentemente de nossa ocupação, como sendo “pela [comida] que dura até a vida eterna”, e não apenas “pela comida que perece”. Em outras palavras, seja qual for o “trabalho” que eu esteja praticando, tudo se deve concentrar em contribuir para o meu crescimento na fé e também para o crescimento dos outros à minha volta na fé. Porque a fé requer trabalho. E o tipo de “trabalho” o qual Cristo está se referindo é preciso ter fé.

Como “praticar” essas “obras de Deus”, de construir nossa fé “n’Aquele que Ele enviou” para as nossas vidas? Fazemos isso permitindo a luz da presença de Cristo e de Sua palavra em cada pequena circunstância do nosso trabalho cotidiano, iluminando até aqueles trabalhos que podem parecer “sem sentido”, digamos, quando estamos sentados em frente a um monitor de computador o dia todo, processando dados para alguma grande empresa que faz Deus sabe lá o quê. Como muitos de nós fazemos. Com uma oração no coração e talvez um olhar ocasional para um pequeno ícone que tenhamos em nossa mesa; ou com uma breve olhada na leitura diária das Escrituras de nossa Igreja, que podemos “ruminar” em nossos pensamentos ao longo da nossa agenda; ou talvez até mesmo fazendo uma pausa todos os dias para fazer um diário sobre os nossos altos e baixos espirituais (também em relação às nossas interações com as pessoas), podemos sempre “co-laborar” com Deus na construção da nossa fé, preenchendo todos os nossos altos e baixos com significado e propósito. Que eu hoje “pratique as obras de Deus”, qualquer que seja a minha profissão, porque o meu Senhor é um Empregador que tem sempre “trabalho” para mim, cheio de sentido e propósito.

Versão brasileira: João Antunes