“Dá-me de volta a alegria da Tua salvação; e sustenta-me com espírito liderante. Ensinarei a [pessoas] desregradas os Teus caminhos (Διδάξω ἀνόμους τὰς ὁδούς σου, научу беззаконныя путем твоим); e [pessoas] ímpias voltarão para Ti.” (Salmo 50,14s; cf. Septuaginta, tradução ao Português por Frederico Lourenço)
Poder-se-á perguntar: “eu” realmente posso ensinar aos desregrados os caminhos de Deus? Não será este versículo do Salmo 50 um pouco presunçoso para comigo, que também sou um desregrado?
Não, ele não é presunçoso, quando olho para o conjunto do Salmo 50, e como ele progride, — ou me ensina a progredir, — do colocar a mim mesmo e todo o meu “desregramento” nas mãos da “grande misericórdia” de Deus, e de lá me abrir aos dons do Espírito Santo e confiar n’Ele. É n’Ele, não em “mim”, no autoisolamento da autossuficiência, que eu não só recupero a capacidade de ver “a alegria da salvação”; mas recupero também a verdadeira utilidade para mim e para os outros, nos modos como Deus pretende que eu seja útil, de acordo com o Seu propósito para mim. Quando me abro, como sou, a Deus, e aceito o Seu “modo” de ser e de fazer, que é “grande misericórdia”, posso abordar os meus desafios e relacionamentos imediatos, sejam eles profissionais ou pessoais, com as energias criativas e vivificadoras de Deus, como a compaixão, a gratidão, a paciência e a humildade. E de fato, o “caminho” de Deus, quando eu permito que ele seja meu na minha vida, realmente “ensina os desregrados”, inclusive a mim mesmo, ao testemunhar a luz e a leveza da Sua maneira de fazer as coisas. Que eu aceite a grande misericórdia de Deus hoje, e seja misericordioso para comigo mesmo e para o próximo. Amén!
Versão brasileira: João Antunes
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