THE SOUND OF SILENCE¹

…Por causa de uma visão que se aproxima suavemente, / Deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo, / E a visão que foi plantada em minha mente / Ainda permanece / Dentro do som do silêncio.” — Esta é uma referência à Parábola do Trigo e do Joio: “O Reino dos Céus é semelhante a um homem que tinha semeado boa semente em seu campo. Na hora, porém, em que os homens repousavam, veio o seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e partiu.” (Mateus 13,24s)

A “visão” ou conhecimento por vezes “plantada em minha mente” enquanto estou “dormindo”, ou enquanto não tenho consciência, é a minha experiência do mal neste mundo. E eu escolhi muitas vezes, tal como o autor desta canção, esconder este mal em silêncio; com “o som do silêncio”. Assim, “virei minha gola para o frio e a umidade”, ou seja, simplesmente virei as costas e ignorei tudo isso. E, na verdade, este silêncio é necessário, como aprendemos na Parábola do Trigo e do Joio, — até a “colheita”, que é a justiça de Deus.

Mas a “colheita” começa já aqui, quando se é chamado a reconhecer e a falar a verdade; quando o autor da canção diz, “Quando meus olhos foram esfaqueados pelo flash de uma luz de neon, / Que rachou a noite / E tocou o som do silêncio”. Nesse momento, o autor começa a ver toda a tragédia das coisas como elas são; “Pessoas conversando sem estar falando, / Pessoas ouvindo sem estar escutando…”. E ele é obrigado a falar-lhes a verdade: “‘Tolos’, digo eu, ‘vocês não sabem / O silêncio é como um câncer que cresce. / Ouçam as palavras que eu posso lhes ensinar…”.

Mas as suas palavras “como silenciosas gotas de chuva caem” em ouvidos moucos. E assim acontece frequentemente em nosso mundo, que a verdade permanece impopular para muitos, enquanto “As palavras dos profetas estão escritas nas paredes do metrô”, para que qualquer pessoa com olhos veja; ou apenas sussurradas “no som do silêncio”, para que qualquer pessoa com ouvidos ouça. E isso está bem para com Deus, Que diz, que todos cresçam juntos, até a colheita! (Mateus 13,30).

¹ canção de Simon & Garfunkel

Versão brasileira: João Antunes

© 2020, Sr. Vassa Larin
www.coffeewithsistervassa.com