“… Ele lhe sujeitou todas as coisas debaixo dos pés e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à igreja, a qual é o seu corpo, o complemento daquele que enche tudo em todas as coisas. Ele vos deu a vida quando estáveis mortos pelos vossos delitos e pecados, nos quais noutro tempo andastes conforme o curso deste mundo, segundo o chefe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência” (Efésios 1,22-2,2)
São Paulo está alegando que nós, membros da “igreja, a qual é o seu corpo, o complemento [completude/plenitude] daquele que enche tudo em todas as coisas”, já não cometemos “pecados” ou “delitos”, — por isso estamos “vivos”? Não, o Apóstolo sabe que ainda somos obras em andamentos, que ainda “pecamos” e cometemos “delitos” por vezes, ficando aquém da “completude/plenitude” de nossa vocação. Mas São Paulo está, de fato, afirmando que estamos dedicados e “vivos” a esse chamamento; ao propósito de Deus para nós. Como ele escreve alguns versículos depois dos citados acima: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2,10). Assim, somos abençoados por conhecer e seguir o Caminho que “devemos andar”, não importa quão malsucedido ou bem-sucedido o façamos. E não nos imaginamos de modo algum “andando”, sempre que realmente “caímos”, — como imaginávamos quando “estávamos mortos pelos nossos delitos e pecados, nos quais noutro tempo andávamos conforme o curso deste mundo…”.
Graças Te dou, Senhor, por me fazeres “vivo” à verdadeira “completude/plenitude”, à Tua “completude/plenitude”, e “vivo” ao fato de que “o curso deste mundo” não é “tudo”. Nenhum dos “chefes” ou “potestades” deste mundo pode alguma vez preencher o buraco no meu coração. Mesmo que eu possa falhar, ou cair, uma e outra vez, posso sempre voltar, e ser restaurado no e pelo Teu Corpo que é a Igreja. Hoje reconecto-me a Ti, através de alguma oração sincera, como Tua grata obra em andamento, para que eu possa verdadeiramente “andar” e avançar em Ti.
Versão brasileira: João Antunes
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