“Ó Cristo nosso verdadeiro Deus, […]. Pela intercessão de Vossa Mãe puríssima, […], dos santos e gloriosos Apóstolos dignos de todo louvor, […] e de todos os Santos, tende piedade de nós e salvai-nos, porque sois bom e amigo dos homens.” (Bênção Final, Divina Liturgia)
Este fato aparentemente óbvio repete-se frequentemente em nossos ofícios litúrgicos, — que Deus é “bom” e nos ama. Precisamos ser tranquilizados deste fato, uma e outra vez; que Ele, realmente, ama “a nós”. Isto é, que Ele ama o povo que “nós” somos agora, tal como nós somos, com todas as nossas fortalezas e fraquezas. Preciso aceitar esta verdade espantosa, uma e outra vez, para que eu possa me ver como Deus me vê, tanto honesta como misericordiosamente. Nas palavras inimitáveis de Thomas Merton, “…O homem que não tem medo de admitir tudo o que ele vê como errado consigo mesmo, e, ainda assim, reconhece que pode ser objeto do amor de Deus precisamente por causa dos seus defeitos, pode começar a ser sincero. Sua sinceridade baseia-se na confiança, não em suas próprias ilusões sobre si mesmo, mas na infindável e infalível misericórdia de Deus”. Ajuda-nos, Senhor, a sermos bons para conosco, como Tu és para nós.
Versão brasileira: João Antunes
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