“Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados. A oração do justo tem grande eficácia.” (Tiago 5,16)
Sei que gostamos de dizer, nestes dias, que enviamos nossos “pensamentos”, bem como nossas orações, àqueles que sofreram alguma perda ou tragédia. Estou refletindo hoje, é bastante banal enviar “pensamentos”, porque eles vêm e vão quer queiramos quer não, enquanto que as “orações” exigem um pouco mais de trabalho. “Orar por outra pessoa é como derramar sangue [fazer um sacrifício]”, li algures, e soa-me a verdade.
Isto pode parecer mesquinho, eu sei, porque não há nada de “mau” em ter “pensamentos” para com pessoas em necessidade. Mas preciso de o dizer, para não me eximir da responsabilidade de orar realmente pelas pessoas, em vez de apenas enviar “pensamentos” para elas. E a diferença é, deixar Deus fazer parte da minha relação com elas. Posso pensar “sobre” pessoas, que é uma espécie de coisa que fica entre mim e elas. Mas posso orar “por” elas “para” Deus, que é um tipo de coisa que deixa um Terceiro, nomeadamente Deus, que é muito mais poderoso do que nós, fazer parte. Portanto, oremos uns pelos outros, porque Ele pode ajudar, — de formas que nós, e os nossos meros “pensamentos”, não podemos.
Versão brasileira: João Antunes
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