“O olho é a lâmpada do corpo. Se teu olho é são (ἁπλοῦς), todo o corpo será bem iluminado; se, porém, estiver em mau estado (πονηρὸς), o teu corpo estará em trevas. Vê, pois, que a luz que está em ti não sejam trevas. Se, pois, todo o teu corpo estiver na luz, sem mistura de trevas, ele será inteiramente iluminado, como sob a brilhante luz de uma lâmpada.” (Lucas 11,34ss)
O nosso “olho” é a nossa percepção das coisas; a forma como “vemos” a nós mesmos, as nossas vidas, as demais coisas e os outros, incluindo a Deus. Pela Sua graça, em conexão com Ele, posso “ver” com gratidão, humildade, paciência, sabedoria, compaixão, esperança, e assim por diante. Nesse caso, o proverbial “copo” está sempre “meio cheio”, independentemente dos altos e baixos das circunstâncias externas. Mas inversamente, quando me afasto de uma conexão com Deus, a minha visão torna-se turva, por isso “vejo” as mesmas circunstâncias com insatisfação, ressentimento, impaciência, medo egocêntrico, pavor, etc.
Esta manhã, que Deus “limpe” o meu “olho”, para que eu possa aceitar, e ser grato por mim mesmo, pelos outros, e por todas as coisas da forma como posso aceitá-las hoje: do modo como são. E quanto às coisas que devo e posso mudar, que eu esteja aberto à gentil sabedoria de Deus, para que eu possa também “ver” o adequado caminho a seguir nestas situações. “Deus, conceda-me a serenidade para aceitar aquilo que não posso mudar, a coragem para mudar o que me for possível e a sabedoria para saber discernir entre as duas”.
Versão brasileira: João Antunes
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