“Pois tudo o que Deus criou é bom e nada há de reprovável, quando se usa com ação de graças. Porque se torna santificado pela Palavra de Deus e pela oração. […] Exercita-te na piedade. Se o exercício corporal (ἡ γὰρ σωματικὴ γυμνασία) traz algum pequeno proveito, a piedade, esta sim, é útil para tudo, porque tem a promessa da vida presente e da futura.” (1 Timóteo 4,4s.8)
Assim, o exercício físico (ἡ σωματικὴ γυμνασία) é de “algum pequeno proveito”, segundo S. Paulo, “pois tudo o que Deus criou é bom e nada há de reprovável, quando se usa com ação de graças”. Mas não é tão importante como a “piedade”, na qual me devo exercitar, pois “é útil para tudo, porque tem a promessa da vida presente e da futura”.
Isto significa que o exercício físico não é importante? Não. Isto significa apenas que não é tão importante como a minha aptidão espiritual. Por isso, que eu não fique de fora hoje, no que diz respeito tanto ao exercício físico como à aptidão espiritual, durante este Jejum da Natividade. Porque ele me aponta para escolhas alimentares mais sábias (como cozinhar de forma mais natural, e comer menos alimentos processados), juntamente com escolhas de leitura mais sábias (como seguir as leituras diárias do Calendário Litúrgico), enquanto me preparo para a festa da Natividade de Cristo. Eu sei, parece bastante inexplicável para muitos de nós, todo esse negócio de Jejum da Natividade. Mas, você sabe, ele faz parte de nossa Tradição.
Portanto, que eu seja fortalecido por este tempo de jejum, e que eu controle as minhas escolhas alimentares e de leitura, sendo “alimentado com as palavras da fé” (1 Timóteo 4,6), para que eu possa ser saudável e “sano” (de “sanus”, que significa “saudável” em latim) em utilidade para Deus e para os outros, tanto física como espiritualmente. Que eu esteja saudável, e não in-sano, — porque sou especialmente convidado a fazer isso neste tempo, como membro desta bela Tradição.
Versão brasileira: João Antunes
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