NÃO TEMAIS, NESTE ADVENTO

Não temais, pequeno rebanho, porque foi do agrado de vosso Pai dar-vos o Reino. Vendei o que possuís e dai esmolas; fazei para vós bolsas que não se gastam, um tesouro inesgotável nos céus, aonde não chega o ladrão e a traça não o destrói. Pois onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração. Estejam cingidos os vossos rins e acesas as vossas lâmpadas. Sede semelhantes a homens que esperam o seu senhor, ao voltar de uma festa, para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram.” (Lucas 12,32-37)

Não temais! — diz-me hoje o Senhor. Porque é “do agrado” do nosso Pai dar-nos nada menos do que o Seu Reino. O Senhor também nos diz para “esperar”, — não temendo, — mas ardendo de alegre expectativa, a Sua vinda. Como cristão, sou chamado a não viver em terrível expectativa de que a situação não irá melhorar, mas a “esperar”, e mesmo “ansiar” por uma coisa muito boa, no fim de tudo isto: “Espero a ressurreição dos mortos… (Προσδοκῶ ἀνάστασιν νεκρῶν/ expecto resurrectionem mortuorum/ чаю воскресения мертвых)”, como professamos no Credo.

Portanto, que eu me junte à alegre expectativa deste Advento ou Jejum da Natividade, e me afaste, uma vez mais, do medo e horror que tanto permeia hoje em dia a nossa cultura. Porque eu tenho essa escolha. Que eu receba o tesouro que é “do agrado” do nosso Pai nos dar: o Seu Reino. Que eu possa dar e perdoar hoje, e que esteja acesa a minha lâmpada, no Espírito deste tempo de jejum. “Venha a nós o Teu reino”, digo esta manhã, “assim na terra como no céu!”.

Versão brasileira: João Antunes

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