“E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me’.” (Mateus 25,31-36)
No “Domingo do Juízo Final” que se aproxima [Calendário Juliano Tradicional], também conhecido como “Domingo da Abstinência da Carne” (ou seja, o último dia em que comemos carne, até a Pascha ou Páscoa), somos recordados de que Nosso Senhor virá novamente, “em Sua glória” — e não da forma “humilde”, como Ele veio em Belém. E quando Ele vier “em Sua glória”, Ele irá nos responsabilizar, pela forma como nos tratamos uns aos outros em tempos de necessidade. Ou seja, Ele nos convidará a partilhar da Sua eterna “glória” ou bondade, se nos abrirmos a partilhá-la já nesta vida, sendo bons uns para com os outros; ou Ele determinará a nossa separação eterna da Sua “glória”, se já nos separamos dela aqui, isolando-nos das necessidades do próximo.
Deus nos dignifica, ao nos responsabilizar, como Sua criação responsável. Ele nos confiou a responsabilidade regeneradora (isto é, a respons-abilidade, “capacidade de resposta”) de responder ao Seu chamado, de partilhar já nesta vida em Sua maneira de ser, que é a “glória”. Portanto, que eu me abra à “glória” de Deus hoje, e faça parte dela, sempre que qualquer pequena ou grande oportunidade de o fazer me surgir. Talvez eu possa telefonar para um parente idoso que ficaria feliz em saber de mim; ou ser acolhedor para o estranho que me para e pede orientações; ou apenas sorrir um pouco mais para os meus entes queridos; ou oferecer um ouvido amigável a alguém preso em qualquer tipo de “prisão”, mesmo que seja apenas em sua mente. Graças Te dou, Senhor, por nos chamar a partilhar o tipo “certo” de “glória”, ou “Ortho-doxia”, que é o nosso amor uns pelos outros, em Tua luz. “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João 13,35).
Versão brasileira: João Antunes
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