UMA BELEZA MISTIFICANTE

Em tua maternidade, conservaste a virgindade | e em tua morte não abandonaste o mundo, ó Mãe de Deus. | Passaste para a vida, tu que és a Mãe da Vida | e que, por tuas orações, livras da morte as nossas almas.” (Tropário da Festa da Dormição da Theotokos, Nossa Santíssima Senhora, Mãe de Deus e Sempre Virgem Maria)

A beleza é sempre algo de mistério; ela desafia a compreensão. E assim é com a beleza inimitável da Virgem Maria, a Santíssima Mãe de Deus: Ela apresenta-me um conjunto de contradições. Na maternidade, ela conserva a virgindade; em sua partida, ela permanece presente; em sua morte, ela revela a vida. E em sua humildade, ela alcança glória em todas as gerações — uma antinomia que ela própria apontou, exclamando: “Porque [Deus] pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações” (Lucas 1,48). Com base nas vidas de muitos santos, ela também, a Puríssima de toda a criação, oferece prontamente a sua intercessão pelos menos puros, pelos maiores dos pecadores.

Muito francamente, estou sem palavras, contemplando estas belas antinomias, reunidas na Bendita entre as Mulheres. Tudo o que posso dizer hoje é: Obrigado, Santíssima Mãe de Deus. Agradeço-lhe por sua presença serena, cheia de graça, incondicionalmente amorosa e bela na minha vida caótica. Agradeço-lhe, Porta Celestial, por manter sempre a sua porta aberta para mim, quando todas as outras portas parecem estar fechadas. “Ave, Maria, Cheia de Graça! O Senhor é convosco!”.

Versão brasileira: João Antunes

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