“Ensinava-lhes muitas coisas em parábolas e dizia nos seus ensinamentos: ‘Escutai! O semeador saiu a semear. Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho e vieram as aves e comeram-na. Outra caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra e logo brotou, por não ter profundidade de terra; mas, quando o sol se ergueu, foi queimada e, por não ter raiz, secou. Outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, sufocaram-na, e não deu fruto. Outra caiu em terra boa e, crescendo e vicejando, deu fruto e produziu a trinta, a sessenta e a cem por um’. E dizia: ‘Quem tem ouvidos para ouvir, ouça’.” (Marcos 4,2-9)
O Senhor começa esta parábola com “Escutai!”. E Ele termina com a mesma exortação, formulada de forma mais enfática: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!”. É por isso que a imagem que mais me impressiona nesta parábola é a do “terreno pedregoso”, que “não tem profundidade de terra”, por isso a semente da palavra de Deus “logo brota” aqui, mas tem vida curta. Este é o meu caso, quando não tenho tempo para “ouvir” e mesmo “escutar” as palavras salvíficas de Deus, que me têm sido ensinadas desde a minha infância, — e quando “logo” me agito com estas palavras quando as leio sem “profundidade”. Na minha linha de trabalho isso é uma espécie de “perigo ocupacional”, suponho eu.
Mas que eu não desanime hoje, por mais “infértil” que seja o “terreno” do meu coração, como o meu misericordioso Senhor pode ver. Que eu tome algum tempo em silêncio com Ele, e que a Sua graça remova algumas das “pedras” que se acumularam no meu coração. “Escutai!”, diz-me hoje o Senhor. Portanto, que eu faça isso, antes que me apresse a falar ou a agir, em Seu Nome.
Versão brasileira: João Antunes
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