“Em Guibeon o SENHOR apareceu a Salomão em sonhos, durante a noite, e disse-lhe: ‘Pede! Que posso Eu dar-te?’ [Salomão respondeu:] ‘… concede ao teu servo um coração cheio de entendimento para governar o teu povo, para discernir entre o bem e o mal. …’. Esta oração de Salomão agradou ao Senhor” (1º Reis 3,5.9s)
De tudo o que o Rei Salomão poderia ter pedido, ele pede sabedoria; ou seja, “discernimento entre o bem e o mal”. O que é notável para mim nesta bem conhecida passagem não é principalmente que o jovem Salomão (que na altura não passava de um rapaz) valorizava a sabedoria acima de todas as coisas, mas que reconhecia que se tratava de um dom de Deus.
Por isso — preciso de pedir a Deus “sabedoria” ou “discernimento”. E devo dizer que, à medida que amadureço, vejo cada vez mais a sua necessidade na minha própria vida. Muitas vezes simplesmente não sei o que é verdadeiramente uma coisa boa, uma boa decisão, e o que é uma má decisão. Não sei bem como compreender uma determinada situação; se devo tentar mudá-la, ou se devo simplesmente aceitá-la. Por vezes não sei quando dizer alguma coisa, e quando me calar; quando preciso de fazer o meu trabalho, e quando preciso de ficar parado e não fazer nada; quando estou sendo verdadeiramente útil, ou apenas querendo agradar às pessoas. E assim por diante.
Hoje sou recordado de pedir a Deus “um coração cheio de entendimento”, e a sabedoria para “discernir entre o bem e o mal”, acima de todas as coisas. Porque isto é um dom d’Ele, e agrada-Lhe quando o pedimos.
Versão brasileira: João Antunes
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