“No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava. Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: ‘O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram’.” (João 20,1s)
Quando inicialmente Maria Madalena (juntamente com as outras mulheres) leva a notícia do túmulo vazio aos discípulos, ela pensa que a notícia é má. Os seus sentimentos, neste momento, são de tristeza e surpresa desagradável. Aqueles não identificados são culpados; levaram o seu amado Senhor. Quando alguém ou algo que eu amo é levado de mim, que eu não atribua a terceiros, quem quer que sejam, o que Deus fez. Porque Deus não faz nada com o propósito de me causar dano. Através da dor da separação, Ele leva-me ao crescimento e a uma nova vida, como acontece no nascimento: a mãe sente dor no parto, e o bebê chora imediatamente ao separar-se do ventre da mãe. Sabemos que as lágrimas iniciais tanto da mãe como do filho são uma coisa boa, porque são um sinal de nova vida e de novo crescimento. Tal como a Cruz é um sinal de vitória.
Hoje sou recordado deste sinal, se for confrontado com a dor da separação sob qualquer forma. E peço, em oração, a graça de crescer por meio dela, à luz da Sua gloriosa ressurreição. “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto” (João 12,24).
Versão brasileira: João Antunes
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