“[Zaqueu] Procurava ver Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. Correndo à frente, subiu a um sicômoro para o ver, porque Ele devia passar por ali. Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: ‘Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa’.” (Lucas 19,3ss)
Zaqueu é um rico cobrador de impostos, o que significa que levava uma vida corrupta e se tornou rico por meios corruptos. Mas ele faz este pequeno esforço para ver Cristo, subindo — de forma um pouco desajeitada — a uma árvore. E então Jesus recompensa inesperadamente o esforço desajeitado de Zaqueu, dizendo-lhe para descer, porque Ele quer visitar a casa do cobrador de impostos corrupto.
Também faço alguns esforços, muitas vezes desajeitados, para ter um vislumbre de Cristo. E sei, francamente, que a minha vida não é o que deveria ser, e que estes “esforços” também não são o que deveriam ser. Pois eu quase não rezo e nem leio a palavra de Deus o suficiente.
Entretanto, o pouco que faço pode fazer-me sentir como se tivesse “subido” um pouco mais alto, acima das cabeças de outras pessoas.
Hoje que eu ouça a voz amorosa e inesperada do Senhor, dizendo-me “desce depressa”. Caso contrário, empoleirado como estou desajeitadamente, na minha pequena árvore, não posso saudá-l’O em minha casa. Ele precisa dos meus pés plantados firmemente no chão da humildade, como os Seus, para que Ele possa partir o pão comigo.
Versão brasileira: João Antunes
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