“Então, os fariseus e os saduceus aproximaram-se dele; e, para o tentarem, pediram-lhe que lhes fizesse ver um sinal do Céu. Ele respondeu-lhes: ‘Ao entardecer, vós dizeis: Vamos ter bom tempo, pois o céu está avermelhado; e, de manhã cedo, dizeis: Hoje temos tempestade, pois o céu está de um vermelho sombrio. Como se vê, sabeis interpretar o aspecto do céu; mas, quanto aos sinais dos tempos, não sois capazes de os interpretar! Esta geração má e adúltera exige um sinal! Mas sinal algum lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas’. E, deixando-os lá, afastou-se.” (Mateus 16,1-4)
Os fariseus e os saduceus estavam geralmente em desacordo uns com os outros, mas estavam unidos em sua oposição a Cristo, porque Ele não agia de acordo com as suas expectativas arrogantes e egocêntricas. O Senhor já lhes tinha mostrado muitos “sinais”, porque cada milagre que Ele fazia, curando os doentes, alimentando uma multidão de famintos, e atraindo multidões de pobres e negligenciados para ouvirem a Sua palavra de cura, era um sinal com o qual Ele escolheu revelar-Se. Mas os fariseus e os saduceus estão cegos a estes sinais no aqui e no agora, entre as pessoas que os rodeiam. Arrogantes são capazes de estar atentos a coisas como o clima, mas não aos seres humanos vivos e respirando que estão perto deles. E agora exigem um sinal “do Céu”.
Assim, posso facilmente distrair-me dos “sinais” com que Deus escolhe revelar-Se na minha vida, através das situações e dos seres humanos no meu ambiente mais próximo. Posso preocupar-me com outras questões, como acontecimentos distantes que acompanho nas notícias (nunca satisfatórias), ou mesmo com o clima (atualmente muito quente e úmido), de uma forma que me distrai das minhas responsabilidades imediatas; de uma forma que me distrai da presença de Cristo e dos Seus sinais na minha própria vida.
Portanto, que hoje eu mantenha o meu coração e os meus olhos bem abertos, aos sinais da presença do meu Senhor nas pessoas e situações que Ele me envia aqui e agora.
Versão brasileira: João Antunes
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