A LINGUAGEM DA CRUZ

Na verdade, Cristo não me enviou a batizar, mas a pregar o Evangelho, e sem recorrer à sabedoria da linguagem, para não esvaziar da sua eficácia a cruz de Cristo. A linguagem da cruz é certamente loucura para os que se perdem mas, para os que se salvam, para nós, é força de Deus.” (1 Coríntios 1,17s)

São Paulo tinha recebido uma excelente educação, e possuía muita “sabedoria da linguagem”, eloquência. Mas quando encontrou Cristo no caminho para Damasco, Paulo foi pela primeira vez feito completamente cego. No processo de “ser salvo”, teve primeiro de perder a capacidade de ver como antes, meramente com base na sabedoria feita pelo homem, para abraçar Cristo, o força e a Sabedoria de Deus. Esta nova Sabedoria centrada na “linguagem da cruz”, que vira muitas suposições sensatas do mundo de cabeça para baixo. São Paulo foi capaz de abraçar esta palavra, e de “ver” de uma nova forma, precisamente porque colocou os pés no caminho de “ser salvo”, tendo deixado o caminho no qual estava “se perdendo”.

Hoje noto para mim mesmo que ambos estes caminhos, de “salvação” ou de “se perder”, são um processo que dura toda a vida, e uma escolha que faço diariamente. O processo chamado “salvação” tem um duplo significado: 1. ser curado ou feito pleno (através da comunhão com Deus e da aceitação dos Seus dons); e 2. ser curado, ser “salvo” (de um perigo, que é o pecado, ou seja, a má direção da minha vontade). E “se perder” significa o oposto de tudo isso; é a rejeição e a separação da comunhão curativa de Deus, e em última análise significa estar “perdido” para Deus, para si mesmo, e para os outros.

Que caminho tomarei hoje? Isso depende, como o Apóstolo me recorda, da minha atitude para com “a linguagem da cruz”. Que eu tome minha cruz hoje, e a carregue com a Sua força; com a mansidão do Cordeiro que foi conduzido.

Versão brasileira: João Antunes

© 2015, Ir. Vassa Larin
www.coffeewithsistervassa.com