“deveis pôr todo o empenho em juntar à vossa fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento a temperança; à temperança a paciência; à paciência a piedade; à piedade o amor aos irmãos; e ao amor aos irmãos a caridade. Se tiverdes estas virtudes e elas forem crescendo em vós, não ficareis inativos nem estéreis, relativamente ao conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Eis por que sempre procurarei lembrar-vos estas coisas, por mais instruídos e firmes que estejais na verdade que já conheceis.” (2 Pedro 1,5b-8.12)
Esta passagem fez-me pensar hoje o porquê da repetitividade das festas e textos do calendário litúrgico, que se repete ano após ano. A minha fé é apoiada pela audição/leitura das mesmas Escrituras, pela celebração das mesmas festas, e por ser “re-lembrado” dos mesmos santos e eventos salvíficos, uma e outra vez. Preciso de ser “re-lembrado”, para trazer de novo à minha mente, que está sempre mudando, as histórias e pessoas centrais da História da Salvação, mais particularmente da Pessoa de Jesus Cristo, para que a minha própria história e pessoa tenham renovada direção e significado. Juntamente com a prática das virtudes da fé, bondade, autocontrole, afeto mútuo, amor, etc., é o conhecimento e a recordação da história cristã comum, que vive no Corpo de Cristo, que dá direção e significado à minha vida quotidiana.
Que eu faça hoje um pequeno esforço, mais uma vez para me “lembrar” da “verdade que já conheço”, como diz aqui o Apóstolo Pedro, para que a minha vida não seja nem “nem inativa nem estéril, relativamente ao conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Como a minha mente está sempre mudando, de minuto em minuto, não posso construir hoje sobre a liturgia ou leituras do domingo passado, que “já conheço”. Hoje leio um pouco das Escrituras, mais uma vez, e descubro-a de novo na minha vida.
Versão brasileira: João Antunes
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