“O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o que é bom; e o mau, do mau tesouro tira o que é mau; pois a boca fala da abundância do coração.” (Lucas 6,45)
Então, tenho de me assegurar de que não estou acumulando “mau tesouro” no meu coração. O que é esse “mau tesouro”? Por um lado, são os ressentimentos, para com certas pessoas, para com certas instituições, para comigo mesmo, e para com Deus. Quando não curados, os ressentimentos levam-me a sentir e a falar mal de certas pessoas e coisas com uma abundância de ingratidão, egocentrismo, medo e outros “maus tesouros” que trazem consigo no meu coração.
Mas que eu não desanime, se a minha “boca” expuser assim algum “mau tesouro” presente no meu coração. Hoje que eu comece a substituí-lo por “bom tesouro”, como gratidão, compaixão, fé e perdão. Que eu aceite as pessoas e as coisas como elas são, à luz de Deus e de acordo com a Sua vontade para com todos nós, — em vez de como eu imagino ou temo que devam ser. Não é um processo da noite para o dia, todo este negócio de recolher “bons tesouros”, mas posso tentar mudar isso hoje, e começar a limpar qualquer tipo de “maldade” ali presente. “Seja feita a Tua vontade”, digo hoje a Deus, “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”, incluindo a nós mesmos, para que possamos seguir em frente e dali “tirar o que é bom”, em utilidade para Ti, para nós mesmos, e uns para os outros.
Versão brasileira: João Antunes
© 2021, Ir. Vassa Larin
www.coffeewithsistervassa.com