“Dá-nos hoje (σήμερον) o nosso pão de cada dia” (O Pai-Nosso, Mateus 6,11)
O Senhor ensina-me a colocar a minha dependência d’Ele de uma forma infantil, só por hoje (σήμερον). Rezando o Pai-Nosso, como Ele me ensinou a rezar, tomo a decisão de ver este dia, e todas as necessidades básicas de hoje, tanto físicas como espirituais, como uma dádiva d’Ele. Independentemente de como traduzo “o nosso pão de cada dia” ou o nosso “pão supersubstancial” (τὸν ἄρτον ἡμῶν ἡμῶν ἐπιούσιον), sei que “pão” significa alimento básico; o que qualquer ser humano precisa para sobreviver.
Rezando o Pai-Nosso, sou liberto de desejos excessivos, e também de preocupações excessivas, sobre o amanhã ou o ontem. Pois a preocupação excessiva dificulta a minha capacidade de realizar os meus cuidados diários no Seu Espírito; ou seja, com uma confiança saudável na Sua graça. O Senhor ensina-me nesta oração a tornar mais simples a minha jornada espiritual, renovando a minha confiança n’Ele todos os dias imediatos. Não edifico a minha casa espiritual na oração de ontem, nem na de domingo passado, nem posso estar efetivamente presente aos cuidados de hoje preocupando-me excessivamente com o amanhã.
Que eu coloque tudo nas Suas mãos mais uma vez hoje, ao mesmo tempo em que vou cuidando das minhas responsabilidades. Isto é suficiente para hoje, como Ele me recorda: “Não vos preocupeis, portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã já terá as suas preocupações. Basta a cada dia o seu problema” (Mateus 6,34).
Versão brasileira: João Antunes
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