“Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e todo o meu ser louve o seu nome santo. Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e não esqueças nenhum dos seus benefícios. É Ele quem perdoa as tuas culpas…” (Salmo 102/103,1ss)
Neste Salmo eu “louvo” (εὐλογέω) o Senhor, que literalmente significa “dizer uma boa palavra”. Ao “louvar” a Deus, não Lhe dou algo que Ele já não tenha, porque Ele é a fonte de todo o bem; Ele é também a fonte de todas as “boas palavras” ou “bênçãos”. Assim, quando cantamos este Salmo na igreja, recordamo-nos deste fato, acrescentando o refrão, “Louvado sejas, ó Senhor”.
Então por que sou chamado a “louvá-l’O”? Porque isso me faz bem. É bom para mim louvar o bem neste mundo, cuja fonte é Deus, em vez de passar o meu tempo resmungando sobre o mau, cuja fonte é as nossas más escolhas. Louvar o verdadeiramente bom, de modo a “não esquecer nenhum dos Seus benefícios”, traz-me gratidão, o que gera humildade e paz. Resmungar sobre o mau neste mundo gera o oposto, embora muitos pareçam preferir isso nas redes sociais e noutros locais. Mas em nossos ofícios eclesiásticos passamos muito pouco tempo, como comunidade litúrgica, deplorando coisas más, e passando quase todo o tempo contemplando e louvando o bem. As únicas “coisas más” que sou chamado a contemplar a qualquer momento na liturgia são os meus próprios pecados. Mas mesmo nesta área, dos meus pecados, não chafurdo no “problema”, mas busco a Solução; a cura e o perdão de Deus.
Que eu “louve o Senhor” neste dia, com “todo o meu ser”. Peço em oração sincera pelos Seus dons de gratidão e paz, para que eu possa ter olhos para ver a abundância da Sua graça na minha vida e neste mundo. “Louvado sejas Tu, Senhor!”.
Versão brasileira: João Antunes
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