“Eis a mensagem que ouvimos de Jesus e vos anunciamos: Deus é luz e nele não há nenhuma espécie de trevas. Se dizemos que temos comunhão com Ele, mas caminhamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Pelo contrário, se caminhamos na luz, como Ele, que está na luz, então temos comunhão uns com os outros e o sangue do seu Filho Jesus purifica-nos de todo o pecado. Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessamos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a iniquidade.” (1ª João 1,5-9)
Aqui São João fala de “caminhar na luz”, na luz de Deus, a qual João liga a enxergar a verdade sobre nós mesmos e a “confessar os nossos pecados”. Isto abre caminho para a comunhão com Deus e uns com os outros. As trevas, por outro lado, são aqui equiparadas a ilusão e “dizer que não temos pecado”.
É libertador e purificador ver as coisas e as pessoas, incluindo eu mesmo, como elas são, e não como eu desejo que sejam. Por outro lado, é penoso e paralizante, criar uma terra de faz-de-conta na cabeça. Isto pode levar-nos constantemente a ficar insatisfeitos com as situações e as oportunidades reais do aqui e agora; a negligenciar as responsabilidades de hoje enquanto imaginamos o emprego dos sonhos ao virar da esquina; a evitar relações reais e a preferir “namoriscar”; a adiar as pequenas coisas que posso fazer hoje, por causa das grandes e heroicas coisas que farei amanhã.
Hoje peço humildemente a Deus a Sua luz para me guiar num exame de consciência silencioso. Que eu prefira a Sua visão amorosa de mim e das outras pessoas às expectativas cruéis que tendo a criar, quando fico por mim mesmo, nas trevas. É Ele, não eu, “Quem é fiel e justo”, como diz São João, porque Ele perdoa os nossos pecados e purifica-nos de uma ilusão penosa.
Versão brasileira: João Antunes
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