“Jesus respondeu-lhe [a Nicodemos]: ‘Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. Aquilo que nasce da carne é carne, e aquilo que nasce do Espírito é espírito. Não te admires por Eu te ter dito: Vós tendes de nascer do Alto. O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito.” (João 3,5-8)
Como Cristo explica nesta conversa com o algo perplexo Nicodemos, somos todos chamados a nascer, não apenas “da carne” no nosso nascimento natural, e não apenas “da água e do Espírito” no batismo. Somos todos chamados a nascer de novo, — e outra vez —, “do Espírito”. Este processo muitas vezes repetido de renovação e renascimento no Espírito, contudo, não é algo que controlemos. Porque Ele vem e vai “onde quer” (ὅπου θέλει), e nós não podemos dizer “de onde vem nem para onde vai”.
Esta liberdade do Espírito, e a nossa falta de controle das Suas energias divinas, que renovam e reavivam regularmente as nossas próprias, é um fato reconfortante e humilde. Embora seja meu dever permanecer aberto à Sua graça, mantendo a minha “casa” limpa o melhor que posso, peço-Lhe humildemente que faça o resto, o que não posso fazer por mim mesmo.
Hoje reconheço com gratidão que não O controlamos, nem podemos controlá-l’O, de onde vem, ou para onde vai. Peço-Lhe humildemente, neste dia: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro; renova e dá firmeza ao meu espírito” (Salmo 50/51,12).
Versão brasileira: João Antunes
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