DOCILIDADE

Sucedeu que Jesus estava algures a orar. Quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: ‘Senhor, ensina-nos a orar, como João também ensinou os seus discípulos’.” (Lucas 11,1)

Evidentemente, nesta passagem o nosso Senhor “estava algures a orar” na presença dos Seus discípulos, — que não estavam, contudo, a rezar junto com Ele. Por alguma razão, eles estavam simplesmente ali (talvez apenas sentados), e “quando Ele acabou”, um deles pediu-Lhe, “Senhor, ensina-nos a orar…”. E Jesus prossegue, ensinando-lhes o Pai-Nosso.

Não sei exatamente como é que o Senhor “estava a orar”, que motivou o pedido do discípulo; se Cristo estava em pé, ajoelhado, apenas sentado em silêncio, sussurrando ou orando em voz alta. O que quer que Ele tenha feito, os discípulos reconheceram que, pelo contrário, não sabiam como orar.

Constato hoje a preciosa qualidade expressa no pedido: “Senhor, ensina-nos…”. É a docilidade. É a capacidade de reconhecer a minha necessidade de ser ensinado, e um desejo de ser ensinado, na minha jornada para a salvação. Se tenho dificuldade em orar, ou contemplar a Sua palavra, ou em abrir-me à Sua graça no meu trabalho ou nas minhas relações com outras pessoas, que eu Lhe peça: “Senhor, ensina-me!”. Que eu tenha olhos para ver e ouvidos para ouvir o que Deus tem para me ensinar hoje, seja através da Sua palavra e/ou através das pessoas, conversas, situações, dificuldades ou oportunidades que me surgem ao longo deste dia.

Versão brasileira: João Antunes

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