REDENÇÃO DO QUÊ?

Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual era de idade muito avançada. Depois de ter vivido casada sete anos, após o seu tempo de donzela, ficou viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, participando no culto noite e dia, com jejuns e orações. Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.” (Lucas 2,36ss)

Então a profetisa Ana, uma mulher, veio ao templo e “naquela mesma ocasião”, sem qualquer estímulo ou bênção de qualquer ser humano, louvou ao Senhor, e, o que é ainda mais chocante, “falou”. Ela falou “d’Ele” a todos aqueles que estavam dispostos a ouvir, a todos aqueles que “esperavam a redenção”, que esperavam a “libertação” de Jerusalém. Mas libertação do quê?

Poder-se-á ter pensado, do poder político dos romanos. Mas sabemos, em retrospectiva, que esta não foi a “redenção” que o nosso Redentor trouxe. Ele não me trouxe, de fato, nenhuma logomarca particular de política. A “libertação” que Cristo me traz é da escravidão do “eu”. Ele traz-me um novo foco — Sua luz, Sua Pessoa e o poder da Sua graça, aos quais posso entregar as minhas preocupações e fardos, assumindo em vez disso o Seu “fardo”, um fardo que é “leve” (Mateus 11,30). Já não preciso andar em círculos, dentro de mim, remoendo várias questões e problemas, sozinho.

Que eu seja liberto hoje, em meu Redentor, deixando-O fazer parte da minha agenda, em oração e contemplação da Sua palavra, na liberdade do Seu Espírito. Que Ele me liberte através dos Seus dons de humildade, mansidão, amor e serviço, que me tiram de mim e me permitem tanto ouvir como falar “d’Ele” e “n’Ele”. Pois Seu é o reino, o poder e a glória, hoje e para sempre.

Versão brasileira: João Antunes

© 2016, Ir. Vassa Larin
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