“Maria [Madalena] estava junto ao túmulo, da parte de fora, a chorar. Sem parar de chorar, debruçou-se para dentro do túmulo, e contemplou dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha estado o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés. Perguntaram-lhe: ‘Mulher, porque choras?’. E ela respondeu: ‘Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram’. Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus, de pé, mas não se dava conta que era Ele. E Jesus disse-lhe: ‘Mulher, porque choras? Quem procuras?’. Ela, pensando que era o encarregado do horto, disse-lhe: ‘Senhor, se foste tu que o tiraste, diz-me onde o puseste, que eu vou buscá-lo’. Disse-lhe Jesus: ‘Maria!’. Ela, aproximando-se, exclamou em hebraico: ‘Rabbuni!’ — que quer dizer: ‘Mestre!’.” (João 20,11-16)
Segundo o Evangelho segundo São Marcos, após a Sua ressurreição Cristo apareceu pela primeira vez a Maria Madalena (Marcos 16,9). As primeiríssimas palavras pronunciadas pelo Senhor ressuscitado, então, são duas perguntas muito consoladoras para uma mulher de luto: 1. “Mulher, por que choras?” e 2. “Quem procuras?”.
Estas são as duas grandes questões que Ele continua a colocar a todos os homens e mulheres, a todos nós, na jornada da vida, com as suas lágrimas e os seus anseios. Por que chora? E quem procura? Foi preciso um breve momento para Maria Madalena reconhecer a consolação última e infinita destas palavras. Mas para outros de nós pode demorar muito mais tempo a compreender que a resposta, o Senhor ressuscitado, está mesmo ali bem à nossa frente. Posso tender a orientar mal a minha busca e procurar as respostas nos lugares errados.
Hoje que eu recomece a minha jornada, e reconheça a voz amorosa do Senhor, em meio a qualquer das minhas tristezas e anseios, perguntando-me: “por que choras?” e “quem procuras?”.
Versão brasileira: João Antunes
© 2016, Ir. Vassa Larin
Reflexões com café na manhã: 365 devoções diárias para pessoas ocupadas
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