“SENHOR, põe uma sentinela de guarda à minha boca, defende a porta dos meus lábios.” (Salmo 140/141,3) “Abre, Senhor, os meus lábios, para que a minha boca possa anunciar o teu louvor.” (Salmo 50/51,17)
É interessante contemplar estes dois versículos dos Salmos um ao lado do outro. Um deles pede ao Senhor para “guardar” a minha boca, enquanto o outro Lhe pede para “abrir” a minha boca. Claro que, quando os Salmos foram compostos, há mais de dois mil anos, a palavra falada era a única que a maioria das pessoas utilizava. Nessa altura, a maioria das pessoas não tinha recursos para empregar a palavra escrita, não tinham, obviamente, o teclado do celular para escrever opiniões e pensamentos, como fazemos hoje.
Assim, hoje, quando recito estes versículos dos Salmos, peço que o Senhor guie o meu uso das palavras, não só quando as digo em voz alta, mas quando as estou escrevendo no meu teclado ou no meu celular. Porque hoje, estranhamente, escrevo muito mais palavras do que falo em voz alta. Os versículos dos Salmos recordam-me que preciso da ajuda de Deus para discernir quando preciso de partilhar as minhas palavras, e quando preciso de as reter; quando devo clicar em “Enviar”, e quando devo abster-me de o fazer. Hoje que eu me recorde de pedir sabedoria para saber a diferença.
Versão brasileira: João Antunes
© 2016, Ir. Vassa Larin
Reflexões com café na manhã: 365 devoções diárias para pessoas ocupadas
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