“Senhor e Mestre de minha vida, afasta de mim o espírito de preguiça, de abatimento, de domínio, de loquacidade” (Oração de Santo Efrem, Parte 1)
Quão tão “pós-pós-moderno” da parte de Santo Efrem colocar o espírito de “preguiça” (inatividade, ociosidade, procrastinação) e o surgimento do “abatimento” (várias formas de depressão, desânimo e sentimentos de não-realização) como as primeiras preocupações desta sua célebre oração. Em nosso tempo, quando as oportunidades abundam para cada forma de distração e entretenimento, quando e onde quer que o WiFi esteja funcionando, estes “espíritos” tornaram-se os nossos companheiros de todos os dias.
São João Clímaco diz que o abatimento, ou o desânimo, faz-nos “olhar pela janela” (no contexto da cela monástica, A Escada XIII.13). De fato, faz-me olhar “para outro lado”, para longe do aqui e do agora, o que, em desânimo, deixam de satisfazer. O desânimo torna a pessoa morna para a sua vocação única; para a sua própria “missão” de vida. Pode fazer um homem anteriormente casado e feliz deambular em busca de outra mulher.
A boa notícia é que o desafio do desânimo, quando o enfrento em Cristo, nas ferramentas cheias de graça que Ele me oferece, leva a um imenso crescimento espiritual. “Nada traz tantas coroas”, escreve o mesmo autor, São João Clímaco, “como uma batalha contra o desânimo” (XIII.12).
Por isso, que eu comece esta manhã com uma gratidão ativa, consciente e atenta ao aqui e ao agora. Que eu tome um pouco de tempo para estar a sós com Deus, em oração sincera de joelhos, agradecendo-Lhe e pedindo-Lhe que me discipline em Seus modos simples, guiando-me e levando-me adiante em meio aos incômodos apelos da preguiça e do abatimento.
Versão brasileira: João Antunes
© 2016, Ir. Vassa Larin
Reflexões com café na manhã: 365 devoções diárias para pessoas ocupadas
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