“Ora a fé é garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se vêem. Foi por ela que os antigos foram aprovados. Pela fé, sabemos que o mundo foi organizado pela palavra de Deus, de modo que o que se vê provém de coisas não visíveis.” (Hebreus 11,1ss)
Na fé, “vemos” o visível, e “compreendemos” a sua Fonte invisível. Assim, o visível pode, na fé, ser uma constante recordação do invisível. Na fé, o visível é um canal para a revelação divina. Assim, utilizamos símbolos e ícones [imagens] visíveis na nossa Tradição litúrgica, de modo que nos apontam para o invisível. A nossa “visão” não se detém, por assim dizer, no ícone, mas estende-se para além dele, em direção Àquele ou àqueles que nele se encontram representados.
Hoje, sou grato a Deus por ter envolvido os meus sentidos como Ele o faz e sempre fez, de vários modos. Estes “modos” incluem os exemplos simples e quotidianos de beleza, como os açafrões agora desabrochados aqui e ali. Estes “modos” incluem também a maneira muito grande e extraordinária como Ele entrou na nossa história, deixando-nos ver o Seu Filho encarnado, caminhando e falando no meio de nós. Agradeço-Te hoje, meu Senhor, por me recordares de Ti todos os dias, em Tuas belas imagens.
Versão brasileira: João Antunes
© 2016, Ir. Vassa Larin
Reflexões com café na manhã: 365 devoções diárias para pessoas ocupadas
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