“Sim, Senhor e Rei, concede ver meus pecados e não julgar (κατακρίνειν, condenar) meus irmãos, porque és bendito pelos séculos dos séculos. Amén.” (Oração Quaresmal de Santo Efrém, 3ª parte)
Aqui estou eu pedindo o tipo de visão que Deus tem. Ele é capaz de “ver” e ainda assim de “não condenar” (κατακρίνειν, julgar sem caridade). Eu, por outro lado, não posso ver conforme a Sua maneira de ver, sem Sua ajuda, porque nós “não vemos”, sem a luz do Senhor. Nosso tipo de visão é escuridão à luz d’Ele, Que é a Fonte de toda justiça, como Cristo recorda aos fariseus: “Eu vim a este mundo para proceder a um juízo: de modo que os que não veem vejam, e os que veem fiquem cegos” (João 9,39). E como me recorda a sabedoria da oração de Santo Efrém, Seu tipo de visão abre-se para mim ao ver “meus pecados”, à luz do meu único Senhor e Rei.
Ao entrarmos noutro dia da Quaresma, peço-Lhe mais uma vez que me conceda ver a mim próprio e aos outros como Ele vê, sem condenação. Que eu reconheça o julgamento e a justiça onde verdadeiramente reside, n’Ele. Pois Ele é “bendito”, e abençoa a todos nós, em comunhão com Ele, “pelos séculos dos séculos. Amén”.
Versão brasileira: João Antunes
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Reflexões com café na manhã: 365 devoções diárias para pessoas ocupadas
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