“A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam. Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João. Este vinha como testemunha (εἰς μαρτυρίαν), para dar testemunho (μαρτυρήσῃ) da Luz e todos crerem por meio dele. Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho (μαρτυρήσῃ) da Luz.” (João 1,5-8)
Hoje, enquanto aqueles de nós que seguem o Calendário Juliano Tradicional celebram a Natividade de São João Batista, estou refletindo a respeito desse negócio de “dar testemunho” (“martyria”, em grego, ou seja, o martírio), especificamente “da Luz”. Este foi o objetivo da vida de São João Batista, ou a sua vocação. O Precursor literalmente “testemunhou”, ou “suportou”, como seu grande dom e cruz que incluía grande sofrimento. O “martírio” ou “dar testemunho” da Luz sempre inclui sofrimento, porque é algo que alguém suporta apesar, e através, de muitas trevas.
Mas a Luz “brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam”. Vou recordar destas palavras cheias de luz hoje e levá-las comigo, enquanto respondo a uma vocação que todos nós compartilhamos, como Igreja, com o grande Precursor e Batista do Senhor: para suportar ou “dar” testemunho d’Ele, a Luz. Posso ter a Luz em mim hoje, se eu me abrir à Ele e deixá-l’O resplandecer em quaisquer trevas que possam surgir no meu caminho. “Sê radiosa, ó Nova Jerusalém, sê radiosa porque a glória do Senhor se levantou sobre ti!”
Versão brasileira: João Antunes
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