“Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se dele e disseram: ‘Mestre, queremos que nos faças o que te pedimos’. Disse-lhes: ‘Que quereis que vos faça?’. Eles disseram: ‘Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda’. Jesus respondeu: ‘Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu bebo e receber o baptismo com que Eu sou batizado?’.” (Marcos 10,35-38)
Quando li essa passagem, o pedido dos filhos de Zebedeu, para que Jesus faça por eles “tudo o que Lhe pedem”, pareceu-me ingênuo e ultrajante. Mas eu sou tão grato por Tiago e João terem feito este pedido, porque muitas vezes eu preciso ouvir a resposta de nosso Senhor, aos meus próprios pedidos ingênuos e ultrajantes: “Não sabes o que pedes”.
De fato, eu não “sei”, e não consigo “saber”, tudo o que Ele “sabe”. Porque eu nem sempre consigo ver quão ultrajante e/ou ingênuo meus desejos e ambições, que posso pedir para o Senhor cumprir, são. Então hoje, que eu aceite tanto o que Ele faz quanto o que Ele não faz por mim, porque Ele sabe qual “cálice” eu sou capaz de beber e qual eu não sou. E no processo como um todo, Ele pode remover de mim os defeitos de minha vontade que eu posso não ser capaz de ver naquele exato momento. Glória a Ele!
Versão brasileira: João Antunes
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